Projetos devem facilitar acesso dos cidadãos às informações do poder público

03/11/2006 - 10h02

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Dois projetos da Universidade Federal Fluminense (UFF), voltados para pesquisas na área de inclusão digital, estão sendo desenvolvidos com o objetivo de facilitar o uso dos postos públicos de acesso à internet – que devem ser instalados a partir de janeiro.As duas novas ferramentas são o e-cidadão e o e-democracia, desenvolvidas há dois anos por alunos de doutorado no Laboratório de Documentação Ativa e Design  Inteligente.A idéia do e-cidadão é criar uma agência virtual que facilita o acesso aos diversos sites de governo. Com isso, o usuário ficará sabendo, por exemplo, quando sai o próximo lote da Receita Federal, se tem direito a restituição, se caiu na malha fina. “O cidadão tem que estar sempre antenado, coisa que não ocorre hoje”, afirma o estudante José Luiz Nogueira. A expectativa é que 100 usuários comecem a fazer os testes em janeiro.O novo programa pretende compensar a falta de padronização entre os diversos sites das três esferas do poder público (Executivo, Legislativo e Judiciário). Os alunos envolvidos no projeto estão fazendo conexões para interligar o e-cidadão às diversas bases de dados. Nogueira explica que embora haja um documento do governo federal que dita normas de padronização, ele não é amplamente utilizado.O e-democracia  é um ambiente que permite a participação popular em projetos governamentais, através de voto eletrônico e fóruns de discussão, “utilizando as ferramentas que hoje já estão disponíveis na própria internet, só que de forma integrada aos projetos governamentais e seu acompanhamento”, esclarece Nogueira. Também deve entrar em vigor em janeiro.Os postos públicos de acesso à internet devem ser instalados pelas concessionárias de telefonia em 30% dos pequenos municípios brasileiros a partir de janeiro de 2007.