Ministros e chefes de Estado ibero-americanos debatem migração

03/11/2006 - 0h59

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Migrações e Desenvolvimento são o tema da 16ªCúpula Ibero-Americana, que reúne de hoje (3) a domingo (5) em Montevidéu,capital do Uruguai, chefes de governo e de Estado e ministros nações de línguasportuguesa e espanhola da América e da Europa.Participam do encontro representantes daArgentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, ElSalvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru,Paraguai, Portugal, Principado de Andorra, República Dominicana, Uruguai eVenezuela.O encontro também conta com a participação dosecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan. O Brasilestá sendo representado pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.Segundo informações do Itamaraty, durante o encontroserá discutida a aprovação do documento “Compromisso de Montevidéu dos Chefesde Estado e de Governo da Comunidade Ibero-americana sobre Migrações eDesenvolvimento”.Está prevista a adoção de uma Carta Cultural,com o objetivo de valorizar o acervo cultural comum aos países ibero-americanos.Também entrarão em pauta questões como proteção dos migrantes, situação damulher, baixa qualificação dos trabalhadores e violação dos direitos humanos.“A migração internacional controlada de maneiraadequada tem um enorme potencial para o desenvolvimento, faz parte de umprocesso de ampliação e diversificação da mobilidade das pessoas. Possui umsignificado especial como instrumento de promoção do desenvolvimento conjunto,ou seja, a melhora coordenada e concertada das condições econômicas dos lugaresde origem e de destino, levando em conta a complementariedade entre eles",diz informe de divulgação na página oficial da cúpula na internet.A Conferência de Chefes de Estado e GovernoIbero-americanos foi lançada em 1991, como parte da comemoração dos 500 anos dochamado “Encontro de Dois Mundos”. O diálogo entre os países ibero-americanosinclui temas referentes à centralidade do desenvolvimento econômico e social,ao respeito ao direito internacional e à promoção da educação e da cultura,além do fortalecimento da cooperação entre as nações.