No Rio, Lula diz que continuará a dar prioridade aos pobres se for reeleito

12/10/2006 - 10h38

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O candidato à reeleição à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PCdoB/PRB) disse, ontem à noite, que, caso seja reeleito, continuará dando prioridade aos pobres em seu governo, a despeito de ser acusado de promover a divisão da sociedade brasileira. "O que eu gostaria de dizer é que eu sou o presidente de todos osbrasileiros, mas os pobres continuarão, sim, tendo prioridade, porquesão os mais necessitados", disse ele.Lula fez as declarações em um comício em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. "Nós somos acusados quase que diariamente de querer dividir a sociedade entre ricos e pobres, mas isso acontece porque nós gostamos dos pobres", afirmou ele. O petista falou sobre a proposta de ampliar o ensino público em nível técnico e universitário. Também afirmou que foi capaz de realizar coisas que seus antecessores diziam ser impossíveis. "Eu lembro que eles diziam que não dá para dar aumento do salário mínimo, porque vai quebrar as prefeituras e a Previdência Social. Nós demos o maior aumento dos últimos 30 anos e não quebrou nenhum prefeitura, e não quebrou a Previdência Social."O candidato voltou a afirmar que seus adversários têm a intenção de continuar a política de privatização aplicada no governo anterior (de Fernando Henrique Cardoso, do mesmo partido do adversário Geraldo Alckmin, o PSDB). "O que eles querem? Eles querem vender o que não conseguiram vender no governo passado. Eles querem privatizar o que resta para privatizar neste país", disse Lula.Nos últimos dias, Alckmin tem negado que as privatizações façam parte de seu programa de governo. "Eles querem privatizar coisas importantes como a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, porque, como eles nunca trabalharam, eles querem vender o que resta para pagar a dívida que fizeram, e o povo vai ficando sem nada", disse Lula.No estado onde os estaleiros têm registrado crescimento, graças a encomendas como as da Petrobras, Lula mencionou o tema. "O nosso projeto é outro. É o de fazer com que o Brasil se transforme numa nação soberana, é fazer com que a nossa indústria naval fique mais forte. O nosso projeto é fazer com que a nossa Marinha Mercante fique melhor, é fazer com que a indústria cresça."Participaram do comício diversos ministros, além de políticos locais como o candidato aogoverno do Rio de Janeiro pelo PMDB, Sérgio Cabral Filho.