Em Aparecida, Alckmin diz que vai aumentar carga horária das escolas

12/10/2006 - 15h01

Álvaro Bufarah
Repórter da Rádio Nacional
Aparecida (SP) - O candidato à Presidência daRepública, Geraldo Alckmin (PSDB-PFL), esteve hoje (12) pela manhã em Aparecida(SP) e participou da missa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida. Após amissa, o tucano deu uma entrevista no auditório da basílica.Na coletiva, ele disse quepretende aumentar a carga horária das escolas, especialmente no nívelfundamental, implementando um projeto de ensino integral. Na área de gestãopública, Alckmin voltou a criticar os gastos do governo e o número deministérios.Para o ex-governador de São Paulo, o Estado brasileiro gasta mal, tem muitos cargosem comissão, custeio elevado e superfaturamento de obras e compras. Na opiniãodele, os problemas fiscais ainda impedem o crescimentoeconômico.“O país não vai crescer como tem que crescer com uma cargatributária de 38% do Produto Interno Bruto (PIB). (...) Com uma política fiscalmelhor, é possível ter taxa de juros mais baixa e um crescimento maior”,afirmou Alckmin.O candidato do PSDB também fezcríticas ao presidente Lula, candidato à reeleição. Para ele, Lula é tolerantecom o crime e a corrupção.Sobre sua participação em umevento religioso durante a campanha eleitoral, Alckmin destacou que assisti à missa desde a infância, quando morava em Pindamonhangaba, cidade vizinha echegava a fazer o percurso até Aparecida a pé.Na celebração de hoje, o ex-governador de São Paulo dissenão ter feito nenhum pedido específico sobre as eleições. “Política é questãoterrena. Não devemos misturar as questões de Deus com as questões de naturezapolítica”, afirmou Alckmin.O cardeal arcebispo de Aparecida, dom Raimundo Damasceno,ressaltou que o santuário é a “casa da mãe e como tal recebe todos os filhos":“O ex-governador Geraldo Alckmin já veio aqui várias vezes em romaria e não hánenhuma motivação política nisso”.Também participaram da missa em homenagem a Nossa Senhoraaparecida o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), o prefeito de SãoPaulo, Gilberto Kassab (PFL), o presidente da Federação de Indústrias do Estadode São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).