Controle do espaço aéreo brasileiro estava correto no dia do acidente, diz comandante da Aeronáutica

07/10/2006 - 21h11

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos da Silva Bueno, disse hoje (7) que, logo após o choque do Boeing 737-800, da Gol Linhas Aéreas, com o jato Legacy, o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta), com a ajuda do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, fez uma simulação sobre o percurso dos aviões.Desta forma, segundo ele, foi possível saber que não houve falha de comunicação, "pelo menos proveniente do sistema Cindacta”. “Podemos afiançar que tudo estava correto na área do controle do espaço aéreo brasileiro na ocasião”.Na Base Aérea de Brasília, Bueno afirmou que mais importante que o tempo é a correção das informações sobre a causa que levou à colisão dos dois aviões. “Trata-se de um jogo de paciência em que o fator tempo não é o mais importante, mas sim, a correção das informações. Interessa a toda parte do mundo [saber a razão do acidente], para que algum erro que tenha sido praticado não torne a acontecer”.Ele reiterou que apenas depois das investigações, "que têm à frente, pelo Brasil, o Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos", e quando forem comparadas as caixas pretas das aeronaves, é que será possível definir a causa do acidente. "Antes disso, é impossível e imprudente fazer conjecturas”, ponderou.O camandante chegou a Brasília no final da tarde de hoje, acompanhado do ministro da Defesa, Waldir Pires. Os dois foram hoje para a Serra do Cachimbo, no norte do Mato Grsso, onde caiu o Boeing da Gol.