Berzoini pede licença da presidência do PT, que expulsa quatro envolvidos com dossiê

06/10/2006 - 18h59

Elaine Patrícia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Depois de mais de seis horas reunido com a Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ricardo Berzoini, informou que se licenciou da presidência nacional do partido, cargo que ocupava desde o início do ano. A executiva também expulsou quatro petistas ligados à negociação de um dossiê que envolveria políticos do PSDB com a compra superfaturada de ambulâncias.“Meu afastamento tem o único objetivo não deixar nenhum embaraço para o pleno funcionamento da Executiva nesse momento. Eu refleti essa decisão com todos os membros da Executiva Nacional e sei individualizar posições. Mas eu topei fazer uma média das opiniões e ter uma posição que fosse conseqüente com a minha história no PT. O que o partido precisar nesse momento de mim nesse momento estarei à disposição”, disse em São Paulo.Quem assume a presidência do partido é o atual coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, que vai acumular as duas funções. O novo presidente do partido leu uma nota oficial da Executiva Nacional em que também oficializava a expulsão de quatro petistas acusados de envolvimento com a negociação do dossiê: Oswaldo Bargas, Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso e Hamilton Lacerda.“A Executiva Nacional do PT repudia a atitude destes filiados, considera um equívoco substituir a disputa de projetos por este tipo de prática, condena a promiscuidade com o grupo de criminosos, bem como o total desrespeito à democracia partidária. Os filiados que assim agiram colocaram-se na prática fora do partido. E por decisão da Executiva Nacional estão politicamente expulsos do PT”, registra o texto.