Bancários pernambucanos cruzam os braços por 48 horas

26/09/2006 - 10h10

Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Os bancários pernambucanos, que já tinham feito uma greve deadvertência de 24 horas, decidiram paralisar novamente as atividades hoje eamanhã (27). No último dia 21, a mobilização atingiu mais de 100 agências emtodo o estado.A maioria das assembléias realizadas ontem no país, definiu umaparalisação de 24 horas, mas em Pernambuco a proposta foi rejeitada. Osbancários decidiram cruzar os braços por 48 horas.

A resolução foi aprovada pela assembléia dacategoria, na noite de ontem, na sede do sindicato. Desta vez eles estãodispostos a fazer mobilizações dentro das unidades dos bancos públicos eprivados com a intenção de interromper inclusive o auto-atendimento nos caixaseletrônicos.

Segundo o secretário de Finanças do sindicato,Leonardo Espíndola, os usuários poderão acessar os serviços bancários durante agreve nas casas lotéricas, internet e bancos postais.

O presidente do Sindicato dos Bancários emPernambuco, Marlos Guedes, destacou que a população foi avisada sobre aparalisação, para poder se preparar. “Fizemos anúncios em emissoras de rádio etelevisão para que a população não fosse surpreendida com a suspensão dosserviços”.

Ele disse que a idéia da greve é somar forças aomovimento nacional para conquista da pauta de reivindicações apresentada aosbanqueiros em 10 de agosto.

A categoria reivindica aumento de 7,5%, maiorparticipação nos lucros, um salário bruto acrescido de R$ 1,5 mil, entre outrosbenefícios. Atualmente o salário base de um bancário é de R$ 834.

Em Pernambuco existem nove mil bancários, amaioria, trabalhando em bancos públicos.

Amanhã a assembléia da categoria reavaliaos rumos do movimento, já que está programada uma nova rodada de negociaçõescom a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo.Durante a greve nacional de seis dias, realizada em outubro do ano passado,os bancários conquistaram reajuste salarial de 6%, além de R$ 1,7 mil de abono,e outras vantagens, como o aumento da participação nos lucros das instituiçõesfinanceiras.