Bruno Bocchini e Aloisio Milani
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A PolíciaFederal de Cuiabá confirmou para a manhã destaterça-feira (19) uma acareação entre os quatrosuspeitos de tentar negociar documentos que envolveriam políticosnas fraudes da compra superfaturada de ambulâncias. Sãoeles: o ex-agente da PF Gedimar Pereira Passos e o filiado aoPartidos dos Trabalhadores Valdebran Padilha, que seriam oscompradores de imagens, além do empresário Luiz AntonioVedoin e seu tio Paulo Roberto Trevisan, que embarcaria de Cuiabápara São Paulo para vender o material.Na sexta-feira, a PFapreendeu imagens de vídeo, uma agenda e fotografias quepoderiam envolver políticos no esquema de comprasuperfaturada. A prisão temporária dos quatro venceamanhã (19). Caso seja necessário, o MinistérioPúblico pode pedir novamente a prisão preventiva paraos acusados.As imagens do dossiêmostravam uma solenidade de entrega de 40 ambulâncias em queapareceriam o candidato ao governo do estado de São Paulo JoséSerra (PSDB-SP), os deputados Lino Rossi (PP-MT) e Pedro Henry(PP-MT), o ex-governador Dante de Oliveira e o candidato ao governode Mato Grosso Antero Paes de Barros (PSDB-MT).Após osdepoimentos dos dois detidos em São Paulo, a PF confirmou queum deles acusou o integrante da Secretaria Particular do presidenteLuiz Inácio Lula da Silva, o assessor Freud Godoy, deintermediar a compra. Godoy compareceu à superintendênciada Polícia Federal em São Paulo e negou asacusações.A Polícia Federal fez umaacareação entre o assessor da Presidência e oex-agente da PF. Segundo o advogado, Gedimar não quis sepronunciar nem confirmar qualquer acusação sob ajustificativa que não teria tido acesso ao inquérito.Na seqüência, o advogado ironizou os depoimentos contraFreud. “As acusações muito mais se assemelham a deuma pessoa desesperada que está presa em uma situaçãodifícil e procura aprontar com outras pessoas.”