Febem esclarece que presidente de associação teria incentivado internos a fazer rebeliões

25/08/2006 - 19h44

Monique Maia
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem) contesta aacusação do coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos,Ariel de Castro Alves, de que a presidente da Associação das Mães dos Internos da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem),Conceição Paganéli, está sendo perseguida. Segundo a assessoria da Febem, a Conceição Paganeli está impedida de entrar na fundação pois teriaincentivado os internos a fugir e a fazer rebeliões. Ariel de CastroAlves afirmou durante uma reunião da Secretaria Especial de DireitosHumanos (SEDH), que a ativista e presidente da Associação das Mães dosInternos da Febem estaria sendo perseguida pela presidência da Febem epelo governo do Estado de São Paulo.Durantea reunião foi elaborada uma proposta de decreto que cria oficialmente oPrograma Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos. Deacordo com o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos,Ariel de Castro Alves, o programa já existe extra-oficialmente desde2004 e possui três projetos pilotos nos estados do Pará, Pernambuco eEspírito Santo. Mas a proposta é de que ele seja oficial e se torne umapolítica pública do estado. "Preferimos utilizar o decreto por ter umtramite mais rápido no Congresso Nacional", informou. Segundo ele, oprograma de proteção funcionou com um orçamento, este ano, de R$ 500mil, mas para 2007 estão previstos R$ 2,5 milhões.  No entanto, o coordenadorexplica que para que o programa dê certo é preciso parceiras entre aUnião e os estados. "Isso já acontece no Pará, onde os companheiros dafalecida Dorothy Stang, continuam lutando pela reforma agrária e porprojetos de desenvolvimento sustentável", esclareceu.