Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Produto InternoBruto (PIB), soma de tudo que o país produz, deve aumentar 3,53% este ano, enão mais 3,55% como previa pesquisa que o Banco Central faz todas assextas-feiras com analistas de mercado e de instituições financeiras e publica àssegundas-feiras no boletim Focus.De acordo com a pesquisa, aprodução industrial crescerá apenas 4%; em compensação, a relação entre dívidalíquida do setor público e PIB deve cair de 50,40% para 50,30% neste ano, e aprojeção para o ano que vem terá queda de 49,20% para 49,10%. Isso significaque metade do que o país produz está comprometido com a dívida.A pesquisa do BC aumentou aprojeção de entrada de investimento estrangeiro direto (IED) no setorprodutivo. A previsão anterior, de US$ 15,50 bilhões, aumentou para US$ 16bilhões no ano; mesmo patamar para 2007.A projeção dos especialistastambém aumentou em relação à expectativa de saldo da balança comercial(exportações menos importações). De acordo com os analistas, a perspectivaanterior, de US$ 41 bilhões, evoluiu para US$ 41,20 bilhões neste ano. Emsentido contrário, a expectativa de saldo de US$ 35,73 bilhões em 2007 caiupara US$ 35,66 bilhões.Com isso, foi mantida a previsãode US$ 9 bilhões para o saldo deste ano na conta corrente, que envolve todas astransações comerciais e financeiras com o exterior. A projeção do mesmo saldopara o ano que vem diminui de US$ 4,10 bilhões para US$ 4 bilhões.Os analistas mantiveram aaposta de que a taxa básica de juros (Selic), hoje de 14,75% ao ano, cederápara 14,50% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dos próximosdias 30 e 31; e acreditam que a taxa chegue a 14% ainda neste ano, compossibilidade de ceder para 13% no ano que vem.São projeções de um cenário de mercado no qual acotação do dólar norte-americano não ultrapasse R$ 2,20 no final deste ano, nemseja maior que R$ 2,30 no encerramento de 2007.