Michel Medeiros
Da Voz do Brasil
Brasília - Representantes das 27 unidades federativas do país estão reunidos em Brasília para formular um plano de combate à discriminação no mercado de trabalho e promoção da inclusão social. Eles participam da oficina de capacitação das comissões estaduais de emprego sobre gênero, raça, pobreza e emprego, organizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pela Organização Internacional do Trabalho.Segundo a coordenadora do evento, Eunice de Moraes, a quantidade de mulheres e negros no mercado de trabalho ainda é baixa levando-se em conta a participação destes grupos na composição da sociedade. “Entre mulheres e negros, representamos 70% da população, mas somos bem menos no mercado de trabalho”, afirma.Segundo Moraes, mulheres e negros estão mais presentes no emprego precário, nos trabalhos domésticos e nos serviços ditos femininos, como o secretariado. E levam desvantagem também na remuneração. “A mulher ganha cerca de 30% menos para desempenhar a mesma função que o homem”.Nos estados em que as comissões estaduais de emprego vêm atuando, já foi possível perceber uma mudança nas características dos anúncios de emprego, que antes davam preferência a homens e pediam mulheres brancas e de boa aparência, informa a coordenadora.Durante a oficina, que termina amanhã (15), serão debatidas as possibilidades de novas estratégias e ações para dar continuidade ao combate à discriminação de gênero e raça.