Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um dos mais tradicionais pontos de encontro de artistas e intelectuais de Brasília foi palco, neste domingo, de protesto contra os ataques de Israel ao Líbano. Mas foi o simbolismo do nome que levou os organizadores a escolherem o restaurante Beirute – mesmo nome da capital libanesa - para a manifestação.Organizado pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, TV Comunitária e Central Única dos Trabalhadores (CUT), o protesto aproveitou o Dia dos Pais para lançar a mensagem “Pais e filhos merecem viver em paz”. A manifestação foi um chamamento para a carreata marcada para o próximo domingo (20), saindo do mesmo restaurante em direção à Embaixada de Israel em Brasília. O ato de hoje teve por objetivo despertar a comunidade palestina, síria e libanesa residente em Brasília e no entorno do Distrito Federal para participar da carreata do próximo domingo. “Não somos contra o estado de Israel, mas Israel não pode se erguer sobre os cadáveres do povo libanês e do povo palestino”, comentou Antônio Carlos Queiroz, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal. De acordo com o sindicalista, a principal marca do conflito é a “assimetria” entre os dois povos. “É Davi lutando contra Golias”, disse ele, ao lembrar que Israel é a sexta maior potência armamentista que joga seus mísseis contra “guerrilheiros”.Para Queiroz, o episodio atual repete os massacres de Sabra e Chatila, quando as tropas israelenses, comandadas pelo então ministro da Defesa, general Ariel Sharon, mataram 1.500 palestinos.“A nossa manifestação é pela paz. Queremos o fim do conflito”, ressaltou Queiroz, ao comentar que não se trata de um protesto contra Israel.