Israel intensificou ataques no Líbano antes do acordo de cessar-fogo

13/08/2006 - 11h38

André Deak
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na sexta-feira à noite (11), o primeiro-ministro de Israel,Ehud Olmert, ordenou uma ofensiva militar terrestre que implicou o destacamentodo triplo das tropas até então em combate. O objetivo, segundo a Agência Lusa,era garantir o controle de uma faixa de 30 quilômetros de largura dentro doterritório libanês próximo à fronteira de Israel.Alli Majdoub, membro da comunidade libanesa que organizou a recepção do grupoque ontem desembarcou em São Paulo, lamentou a ofensiva do Exército israelenseocorrida no sul do Líbano, com o registro de pelo menos 19  mortos. “Estão matando civis, crianças, mulheres pessoas que nada tem a ver com essegenocídio”, classificou, ao observar que “não se trata de uma guerra, pois asforças não são igualitárias, tendo de um lado milícias armadas e do outro umagrande potência militar”. Com a ofensiva de sábado (12), Israel descumpre a resolução da Organização dasNações Unidas (ONU) que determina o fim das hostilidades. Isso não surpreendeMajdoub: “Israel nunca respeitará nenhuma resolução da ONU já que tem o avaldos americanos”.Na sexta-feira (11), KofiAnnan lamentou a incapacidade do Conselho de Segurança em adotar mais cedo umaresolução para acabar com o conflito no Líbano. “Não cumpriria o meu dever senão dissesse o quanto estou desiludido pelo fato do Conselho de Segurança nãoter agido muito, muito mais cedo", afirmou Annan, perante os ministros eembaixadores dos 15 países membros do órgão das Nações Unidas. Segundo a Agência Lusa, Annan disse ainda que essa incapacidade dos Estadosmembros em conseguir um entendimento mais rápido "abalou seriamente aconfiança do mundo na autoridade e integridade do Conselho".Colaborou Marli Moreira.