Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Orelatório parcial da Comissão Parlamentar Mista deInquérito (CPMI) dos Sanguessugas detalha o esquema usado pelaPlanam para o direcionamento de emendas parlamentares. De acordo como documento, havia "uma verdadeira rede de parlamentares"envolvida no esquema de direcionamento de emendas ao OrçamentoGeral da União mediante pagamento de propina ou prestaçãode serviços.Asinvestigações da CPI explicam como começaram asnegociações de Darci Vedoin, dono da Planam eresponsável pelos contatos políticos na empresa, com osparlamentares. Segundo o relator, o esquema de direcionamento delicitações da Planam começou "timidamente"em 1998, por meio de acerto com prefeitos de municípios dointerior do Mato Grosso.Apartir de 1999, a Planam passa a fazer contatos com parlamentares. Oprimeiro a ser contactado foi o deputado Lino Rossi (PP-MT). O acordofirmado estabeleceu que ele apresentasse emendas ao orçamentopara favorecer os municípios do Mato Grosso com verbas para aaquisição de ambulâncias. Para isso, o deputadoreceberia 10% do valor dos contratos efetivados."Dessaforma, já no ano 2000, foram vendidas pelo "grupo"Planam mais de 60 unidades móveis de saúde, seja pormeio de emendas individuais do deputado Lino Rossi, seja por meio desua participação nas emendas de bancada", registrao relator Amir Lando. E teria sido o próprio Lino Rossi quemapresentou outros parlamentares a Darci Vedoin.