Inflação medida pelo IPC fica em 0,25% na primeira prévia de agosto

10/08/2006 - 17h55

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,25% na primeira prévia de agosto, ficando ligeiramente acima da taxa anterior, que havia apontado alta de 0,21%, no fechamento de julho. Os dados referentes ao indicador, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foram divulgados hoje (10) e referem-se à cidade de São Paulo. Apesar de ter se mantido em alta, na avaliação do coordenador do IPC, Paulo Picchetti, o resultado não apresentou "grandes supresas" e não reflete uma "tendência de aceleração da inflacionária". A expectativa, segundo ele, é que, em agosto, o indicador deve ficar em torno de 0,20%. Para o fechamento do ano, a projeção é de alta de 2,5%.De acordo com o economista, alguns preços estão se acomodando. O aumento mais significativo ocorreu no grupo Alimentação, que subiu 0,52% frente a alta anterior, de 0,31%. Para Picchetti, a alta foi consequência da recomposição de preços mais adequada à realidade do mercado. “Os alimentos estavam com preços depreciados, com maior oferta de itens no mercado. Agora, começaram a ser cotados de forma mais equilibrada”.O grupo Despesas Pessoais indicou aumento de 0,43% ante a elevação anterior, de 0,36%. Em Transportes, houve alta de 0,40%, praticamente a mesma da quadrissemana anterior (0,42%). Nesse grupo, há reflexo do aumento médio no preço do álcool combustível, observou Picchetti. No grupo Saúde, os preços começaram a desacelerar, mas registraram aumento de 0,69%. Na última prévia, a alta havia sido de 0,83%. O grupo Educação manteve a correção média da prévia anterior, ficando praticamente estável, com alta de 0,04%. Com a continuidade das liquidações de inverno, o grupo Vestuário teve queda de 1,06%, um pouco mais acentuada do que no fechamento de julho, quando havia recuado em 0,93%.De acordo com Picchetti, os aumentos devem ser compensados pela queda no preço médio das tarifas de energia elétrica. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, em julho, a média de preços de energia elétrica para o consumo residencial ficou negativa em 1,91%, em São Paulo. Para as indústrias, subiu 8,26%.