Pernambuco adere a programa de capacitação de gestores e conselheiros municipais

27/07/2006 - 13h37

Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Pernambuco passou a ser hoje(27) o 18º estado a aderir ao Programa Nacional de Capacitação de Gestores eConselheiros Municipais. A iniciativa foi viabilizada com a assinatura deconvênio pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e prefeitos de cinco municípiosPombos, Salgueiro, Lagoa Grande Recife e Amaraji, na sede da AssociaçãoMunicipalista de Pernambuco (Amupe). Os outros municípios vão ser incluídos aospoucos no programa.O programa tem o objetivo defortalecer o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisbnama). Isso porque,segundo Marina Silva apenas 8% das cidades brasileiras dispõem de legislação,conselho, secretaria e fundo do meio ambiente. Ela disse que em 3.298municípios o sistema ainda está em fase de construção e em 1.202 o meio ambienteainda não é prioridade para administrações municipais. As pessoas que receberemcapacitação serão multiplicadores na sua base social. A ministra destacou que oprograma de qualificação, a ser financiado no estado pela Petrobras cominvestimentos de R$ 470 mil, vai possibilitar a criação de estruturas paradefesa do de meio ambiente. "A gestão ambiental requer servidoresqualificados e que estruturas como os Conselhos Municipais de Meio Ambienteestejam em funcionamento para o cumprimento da legislação", declarou.Em Pernambuco, o projetoterá duração de 10 meses. A idéia é capacitar em cursos que serão ministrados,de outubro a dezembro, 750 pessoas. Elas vão receber orientações sobre questõesreferentes à água, florestas, sistemas de lixo e conselhos municipais. Sãoparceiros da iniciativa a Universidade Federal de Pernambuco, a Unidade dePernambuco, a AMUPE e a Fundação Joaquim Nabuco.O superintendente do Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no estado, João Arnaldo Novaes, enfatizou que entre os principaisproblemas  ambientais que afligem as cidades pernambucanas estãosaneamento básico, deposição dos resíduos sólidos, devastação da coberturaflorestal, uso inadequado de agrotóxicos e desertificação.