Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O PSDB é o único dos 17 partidos com representação no Congresso a prometer a expulsão de parlamentares – três deputados – investigados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, devido a suposto envolvimento na compra de ambulâncias a preços superfaturados, por meio de emendas orçamentárias. Em nota oficial divulgada hoje (18) e assinada por seu presidente, senador Tasso Jereissati (CE), o partido informa que "não admitirá em seus quadros pessoas envolvidas em quaisquer práticas ilícitas, especialmente em um episódio vergonhoso como este, que se convencionou chamar de Escândalo dos Sanguessugas". E acrescenta: "Não podemos, hipocritamente, exigir a moralidade e a honestidade, sem praticá-la. Não pode haver outro caminho senão a expulsão de nossos quadros". O PTB, que tem 13 deputados citados no esquema, afirmou em nota que "não tem conhecimento do que ocorre no gabinete dos deputados" e que "não pode fazer pré-julgamento". O partido lembra que cabe à Justiça tomar as providências contra os que tiverem as denúncias comprovadas. O presidente do PP, deputado Nélio Dias (RN), cujo nome consta da lista dos 57 parlamentares divulgada hoje, disse que é inocente e vai abrir processo contra quem o acusa. Ele informou que o partido só se posicionará sobre as denúncias após o final das investigações. Já o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), afirmou que quem estiver na lista terá de dar explicações ao partido. Segundo o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), será notificado o deputado Fernando Estima (SP), para que envie ao partido cópia da defesa que apresentou à Comissão. O vice-presidente do PMDB, deputado Eliseu Padilha (RS), informou que para evitar injustiças o partido incentivará as investigações sobre os cinco parlamentares da legenda incluídos na lista. E que vai aguardar os resultados para punir os que forem culpados.