Presidência da Câmara contesta, em nota, declarações de coordenador do MLST

18/07/2006 - 22h49

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidência da Câmara contestou hoje (18), em nota oficial assinada pela Assessoria de Imprensa, as afirmações do coordenador do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Bruno Maranhão, sobre a invasão da Casa por militantes no dia 6 de junho. A nota informa que a prisão dos integrantes do MLST foi determinada pelo presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), assim que soube do episódio. E que a Polícia Legislativa cumpriu a determinação porque tem garantias legais para efetuar as prisões nas dependências da Casa.Segundo a nota, Aldo sofreu pressões para que a Polícia Militar do Distrito Federal entrasse na Câmara a fim de garantir a ordem, "mas decidiu que ela (PM) poderia ser útil fora das dependências do Legislativo, na autuação dos manifestantes, o que de fato foi feito". A assessoria afirma que o presidente da Câmara se negou a negociar com o líder do MLST em resposta à violência usada na invasão da Casa Legislativa. Durante a prisão dos invasores, acrescenta a nota, "não foi registrado qualquer fato que possa ser classificado como abuso de autoridade". E "não houve em nenhum momento uso de violência ou constrangimento aos presos". Ainda contestando as declarações do coordenador, a assessoria afirma que "uma semana antes da invasão, o presidente Aldo Rebelo se encontrou com Bruno Maranhão na Câmara e disse a ele que, quando solicitasse uma audiência, 'as portas da presidência da Câmara estariam abertas ao MLST'. No entanto, Bruno Maranhão, em nenhum momento, avisou sobre o plano de invasão das dependências da Câmara". E acrescenta: "Assim que chegaram a uma das portarias da Câmara, os invasores já usaram de violência para forçar a entrada, sem dar espaço ao diálogo".Na nota, a assessoria também informa que o presidente da Câmara reafirma suas convicções no processo de diálogo com forças sociais e manterá as portas da instituição abertas a todas as manifestações pacíficas.