Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo brasileiro já está planejando uma nova operação para retirar brasileiros do Líbano. A informação é do embaixador Everton Vieira, coordenador do grupo de trabalho para ajuda de brasileiros no Líbano.“O governo brasileiro está tomando as medidas que estão ao seu alcance. Uma operação dessas não é singela”, disse o embaixador, acrescentando que é preciso pedir autorização de sobrevôo e pouso para vários países e providenciar comida e combustível. “Não se trata de uma operação que se faça unicamente numa “canetada”. Ela envolve todo um planejamento, que não é simples”, explicou. Segundo Everton Vieira, ainda não há previsão para que a retirada aconteça, embora o governo esteja elaborando o plano com urgência. De acordo com ele, um prazo não pode ser dado porque a situação estaria mais complexa, já que os brasileiros que querem deixar o Líbano não estão apenas em Beirute. Cerca de 60 pessoas teriam procurado a Embaixada do Brasil em Amã (Síria) e outras 100 a embaixada brasileira em Damasco. “Nós estamos trabalhando sem parar para que essa operação saia o mais rápido possível. Nós teremos que conversar com a Aeronáutica para ver exatamente quais são as possibilidades, mas tão logo seja possível, ela será deflagrada. O nosso interesse é que isso seja feito o mais rápido possível “, afirmou Vieira. O embaixador explicou também que essa segunda operação terá origem no Brasil. Diferentemente da primeira, que terminou hoje com a chegada de 98 das 122 pessoas que saíram de Beirute ontem (17), em um avião da Força Aérea Brasileira, que estava na África.De acordo com Everton Vieira, o governo não está trabalhando com um número fechado de pessoas. “Serão tantas pessoas quanto se apresentarem. É de se esperar que exista um número significativo de pessoas que queira sair de Beirute. Nós não projetamos números. Nós trabalhamos com os números existentes”, disse. Ele disse também que o Itamaraty não tem uma estimativa de quantos brasileiros estão atualmente no Líbano, já que o registro na embaixada ou consulado não é obrigatório.