Presidente da Petrobras prevê melhoria na região metropolitana do Rio com o Complexo Petroquímico

14/06/2006 - 19h18

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil

Rio – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, acredita que o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), lançado hoje (14), vai promover uma profunda mudança na região metropolitana fluminense. A iniciativa, segundo ele, vai gerar cerca 200 mil empregos, viabilizar a produção nacional de insumos para a indústria petroquímica e melhorar a infra-estrutura de serviços públicos nos municípios envolvidos no projeto: Itaboraí e São Gonçalo. Durante o lançamento da pedra fundamental do Centro de Inteligência de São Gonçalo, que fará parte do Comperj, Gabrielli afirmou que este é o maior investimento da história da Petrobras e o maior já realizado no país. O custo estimado das obras é de US$ 6,5 bilhões.

O presidente da Petrobras destacou que o complexo vai transformar outros aspectos da região, graças aos investimentos previstos para viabilizar a ampliação da rede de esgotos e do sistema de abastecimento de água. "Este é um projeto de transformação estrutural. Não haverá apenas atividade econômica, mas também de infra-estrutura social fundamental".

O Comperj terá a primeira refinaria do país a processar o chamado petróleo pesado. Atualmente, o Brasil exporta este petróleo e importa os materiais obtidos a partir do seu refino, necessários tanto para a produção do óleo diesel quanto para a indústria petroquímica. As novas tecnologias viabilizarão também a produção nacional de insumos para a indústria petroquímica, responsável pela fabricação de plásticos e tintas, por exemplo.

As obras devem começar em janeiro de 2007 e o início das operações está previsto para 2012. Na primeira fase, a unidade petroquímica terá capacidade para processar até 150 mil barris de petróleo pesado, proveniente da Bacia de Campos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente às solenidades em Itaboraí e São Gonçalo.