Pólo petroquímico do Rio deverá gerar economia de US$ 2 bilhões para o país, diz Lula

14/06/2006 - 16h02

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (14), na cerimônia oficial de lançamento da pedra fundamental do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, no município de São Gonçalo, que o pólo produzirá materiais atualmente importados pelo Brasil, o que significará uma economia de US$ 2 bilhões para o país.

O pólo será construído pela Petrobras em Itaboraí (RJ), onde o presidente participou, de manhã, de um lançamento simbólico. Em São Gonçalo, em parceria com a prefeitura, a estatal construirá um centro de inteligência para a formação de mão-de-obra.

"Pesquisas da empresa permitirão que o Complexo de Itaboraí, São Gonçalo e região extraia insumos ainda importados parcialmente pelo Brasil, como a nafta, por exemplo, diretamente do petróleo pesado produzido na Bacia de Campos. Isso resultará numa economia da ordem de US$ 2 bilhões que deixaremos de importar", disse Lula.

O complexo começará a funcionar em 2012, e a expectativa de Lula é que as obras tenham início em janeiro de 2007. O presidente destacou que 212 mil empregos diretos e indiretos serão gerados no decorrer da obra e outros 50 mil, quando o pólo iniciar as atividades. "Milhares de jovens terão a oportunidade de começar e se formar aqui, para, quando a empresa estiver funcionando, essas pessoas poderem ter emprego garantido aqui na região".

O investimento no pólo chega a US$ 6,5 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 14 bilhões. O presidente lembrou que a promessa de construção do complexo no Rio de Janeiro vem desde a década de 80. "Nós não vamos ficar lembrando o que não deu certo, nós não vamos ficar lamentando os gols que o Brasil não marcou ontem, vamos nos preparar para marcar os gols domingo, vamos nos preparar", afirmou Lula, referindo-se ao jogo de estréia do Brasil na Copa do Mundo contra a Croácia, ontem (13), e a próxima partida, que será domingo (18), contra a Austrália.

"A Petrobras é um filho que todo mundo gostaria de ter, ela é uma espécie de ‘Ronaldinho’ da indústria brasileira", brincou o presidente.