Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Mais respeito ao deficiente e melhores condições de acesso à educação e à saúde são algumas das reivindicações defendidas pelo paraplégico paraense Jorge Luiz Viana Carvalho na 1ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O encontro começou ontem (12), na Academia de Tênis, com o objetivo de discutir o tema Acessibilidade - você também tem compromisso.
Segundo Jorge Luiz, que é membro da Associação dos Deficientes da cidade de Óbidos (PA), na região amazônica não há médicos especialistas para eles, faltam cadeiras de rodas, muletas, aparelhos auditivos e não é cumprida a lei do passe livre em transportes coletivos. Relata ainda que os políticos só reconhecem as necessidades dos deficientes em épocas de campanha eleitoral. Nesse período, "dizem que vai ter cadeira de rodas, carros adaptados, transporte para nos levar ao colégio, às reuniões da associação e a médicos especialistas. Quando a gente vai cobrar o que prometeram dão desculpas; isso quando não nos tratam com grosserias".
Para o representante dos deficientes do Pará "é necessário levar sempre a lei na mão, para fazer valer os nossos direitos, e se não formos atendidos ameaçar chamar o Ministério Público ou a Imprensa, pois os infratores só temem a essas duas forças", afrimou.