Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente interino da República, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que não justifica a instalação de comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o envolvimento de parlamentares em fraudes da compra superfaturada de ambulância por meio de emendas parlamentares, deflagrada pela Operação Sanguessuga.
"O caso está sendo investigado – pela Polícia Federal e Ministério Público – há bastante tempo. Uma CPI deveria acontecer se não ocorresse qualquer investigação, o que não é o caso", afirmou Calheiros, ao participar de solenidade pelos 180 anos da Casa.
Renan confirmou que recebeu da Polícia Federal (PF) a lista com os nomes de parlamentares e assessores de parlamentares citados pela ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino e que estariam envolvidos com no esquema fraudulento. Segundo ele, a lista foi encaminhada para a Corregedoria do Senado, que acompanha as investigações da Operação Sanguessuga, conduzidas pela PF e Ministério Público.
Renan disse determinou à Corregedoria investigar o possível envolvimento do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) no esquema de corrupção, já que foi citado pela ex-assessora da Saúde no depoimento à PF. Renan também determinou a abertura de sindicância para que se apure a eventual participação de funcionários do Senado nesse caso.