Regionalização é estratégia para desenvolver turismo no país, afirma Walfrido

11/05/2006 - 12h15

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Uma das estratégias para o desenvolver o turismo no Brasil e gerar mais empregos no setor é investir na regionalização, afirmou hoje (11) o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia. Segundo o ministro, a idéia é que cidades com características comuns – relacionadas à culinária, folclore ou festividades religiosas, por exemplo - criem roteiros que atraiam turistas para conhecer a região e não apenas para um único município.

O ministro ressaltou que, dessa forma, o turista acaba passando mais tempo na região. "Ele dorme, se alimenta, visita e compra - esses são os verbos que alimentam o turismo, que movimentam a roda do turismo. E é esse dinheiro que movimenta os milhões de emprego no turismo", explicou.

Em entrevista coletiva às emissoras de rádio da Radiobrás (Nacional AM de Brasília, Nacional do Rio de Janeiro e Nacional da Amazônia), Mares Guia ressaltou que os recursos do ministério vêm crescendo: passaram de R$ 130 milhões em 2003 para quase R$ 1 bilhão neste ano.

O ministro também destacou os investimentos e a capacitação de profissionais para atuar na área de hotelaria. Segundo ele, 150 hotéis estão sendo construídos, o que deverá representar 25 mil quartos e apartamentos a mais. Além disso, 500 faculdades de turismo estão em funcionamento em todo o país.

Na entrevista, Mares Guia também falou sobre as ações para combater o turismo sexual no Brasil, principalmente a exploração de crianças e adolescentes. Segundo ele, uma das frentes de atuação é a prevenção, por meio da mobilização e da conscientização da sociedade. A outra é a repressão à exploração sexual.

"O ano de 2006 é chamado ano de turismo sustentável e infância, porque queremos mostrar que é possível fazer o crescimento do turismo em todos os setores, garantindo a tranqüilidade das crianças, do adolescente e da família, no sentido de todos nós estarmos mobilizados para prevenir e, na medida em que tenhamos algum sinal, que a gente chame as autoridades para fazer o combate", explicou o ministro.