Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A decisão da Mesa Diretora da Câmara de investigar 16 deputados apontados pela Operação Sanguessuga promoveu duas mudanças no PSB. O deputado Paulo Baltazar (RJ), um dos 16 citados, deixou a liderança do partido para que as investigações sejam feitas. Para seu lugar, o partido elegeu hoje (11) o deputado Alexandre Cardoso (RJ).
Outro parlamentar do PSB, Isaías Silvestre (MG), que presidia a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, deixou o cargo por ser um dos 16 nomes investigados. O partido indicou Carlos Mota, também de Minas Gerais, para substitui-lo.
Alexandre Cardoso informou que, a partir da próxima semana, a comissão de fiscalização iniciará um levantamento da aplicação dos recursos orçamentário em todos os setores do governo. O Ministério da Saúde será a primeira instância a ser avaliada.
Ele ressaltou que, posteriormente, a comissão deverá apresentar uma lista de parâmetros de preços para serviços e bens, para evitar casos de superfaturamento.
O deputado Carlos Mota, que é procurador do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), disse que pretende trabalhar intensamente para que nos próximos dias a comissão tenha o levatamento concluído.
Na Operação Sanguessuga, deflagrada na semana passada, a Polícia Federal deteve 50 pessoas acusadas de participar de uma quadrilha que fraudava licitações para compra de ambulâncias superfaturadas.