Encontro nacional de educação cidadã deve avaliar trabalho de mobilização social do governo

24/04/2006 - 19h41

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O 6º Encontro Nacional da Rede de Educação Cidadã, que começou hoje em Brasília, deve reunir até sexta-feira um grupo de 100 educadores e representantes de entidades civis que deve avaliar o trabalho de mobilização social feito pelo governo com os movimentos sociais e o processo de educação popular, promovido pelo Estado, para famílias em situação de risco desde 2003.

Vão estar em discussão os limites e avanços das políticas públicas para desenvolvimento social, agrário e de geração de trabalho e renda na perspectiva da economia solidária. Para a coordenadora do encontro, Ana Gusmão "será um momento importante para troca de experiências e avaliação do trabalho de mobilização social e educação cidadã".

O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, destacou que está sendo criada no país "uma grande rede nacional de proteção e promoção social, com a integração de políticas públicas". A idéia, segundo ele, "é tirar a assistência social do campo do assistencialismo e do clientelismo para o campo das políticas públicas".

Para o secretário Nacional da Economia Solidária, Paul Singer, a economia solidária "pode dar grande contribuição à integração social e econômica, reduzindo a pobreza com o desenvolvimento das comunidades". Existem hoje no país, de acordo com ele, 15 mil empreendimentos solidários.

Singer avalia que o número poderia seria maior, mas faltam investimentos. "É necessário mais crédito, tecnologia, apoio comercial e jurídico, para depois de muitos anos se ter uma nova economia popular, com a participação de todos os grupos envolvidos".