Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, esteve hoje (11) no Ministério da Fazenda junto com o indicado ao cargo de diretor de Assuntos Internacionais do BC, o economista Paulo Vieira da Cunha, que em passado recente divergiu publicamente das idéias do agora ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Após o encontro de mais de uma hora, Meirelles disse que não houve qualquer constrangimento na conversa. "Houve uma grande sintonia. Trocamos idéias com absoluta abertura e tranqüilidade. Foi uma reunião bem sucedida e muito produtiva, como têm sido, e continuarão sendo, as relações do BC com a Fazenda", afirmou.
Vieira da Cunha não falou com os jornalistas. De acordo com o presidente do BC, a indicação do economista estará em processo de análise pelo Senado. Por isso, "não compete a ele [ Vieira da Cunha] conversar com a imprensa antes de falar com os senadores, por uma questão de respeito aos senadores e ao Senado". Meirelles ressaltou que Vieira da Cunha dará as opiniões formais sobre a economia brasileira apenas durante a sabatina dos senadores, que ainda não tem data prevista.
Esse assunto, acrescentou Meirelles, não foi discutido no encontro com Mantega. Segundo o presidente do BC, foi uma visita de cortesia, que também será feita pelo outro nome indicado para compor a diretoria da autoridade monetária brasileira: o também economista Mário Mesquita, para a diretoria de Assuntos Especiais.
Na avaliação de Meirelles, isso demonstra que o BC "continua com absoluta cooperação e entrosamento com o Ministério da Fazenda". Inclusive quanto à intenção de manter os almoços semanais, acrescentou.