Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio - O sistema educacional brasileiro também está em debate no Fórum Mundial de Educação, aberto ontem (23) em Nova Iguaçu (RJ). Até domingo, especialistas tentam identificar características e projetos que podem servir de modelo para outras nações.
O secretário-executivo do encontro, padre Pierre Roy, acredita que as experiências brasileiras não são únicas, mas representam contribuições fundamentais para um processo educacional que envolva toda a sociedade.
"A educação cidadã faz a diferença porque inclui todos os segmentos no processo. O Brasil tem dado a sua contribuição servindo de modelo para a Nicarágua e Cuba, por exemplo. Muitas cidades da Itália e da Espanha utilizam a pedagogia da educação cidadã para uma cidade educadora", contou Roy, em entrevista à Rádio Nacional do Rio de Janeiro .
Entre as inovações brasileiras na área educação, o padre cita os centros integrados de educação pública (Cieps) e de apoio à criança e ao adolescente (Ciacs), as idéias de Paulo Freire e de Darcy Ribeiro, além dos projetos de educação à distância.
Para Roy, esses são exemplos positivos porque representam modelos de práticas pedagógicas que incluem todos os setores sociais. O padre defende, no entanto, mobilizações para que a sociedade entenda sua importância no processo educativo.
"Os médicos precisam entender que têm uma contribuição muito importante na educação não somente por causa de seus filhos e filhas", lembra o secretário-executivo do Fórum Mundial de Educação.
"Nesse sentido, temos buscado massificar a participação das pessoas no Fórum Mundial de Educação. Dos cerca de 15 mil inscritos, 10 mil são professores e os outros cinco mil são formados por profissionais de outras áreas."