Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O aumento da eficiência é a grande preocupação do presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Antonio Carlos Soares, para os portos sob sua administração. Com esse objetivo, ele informou à Agência Brasil que a Docas está ampliando a participação da pequena e microempresa.
Hoje, 80% do volume de carga exportado pelo Brasil são feitos por 60 empresas, das quais somente 5,6% são do segmento de micro e pequenas empresas, enquanto nos Estados Unidos e Europa há uma participação média de 200 mil pequenas empresas que se utilizam da exportação.
Antonio Carlos Soares acredita que nos próximos 40 a 60 meses serão realizadas as primeiras exportações resultantes do convênio entre Docas do Rio de Janeiro e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), firmando recentemente, utilizando o instrumento "Exporta Fácil Marítimo".
"Então, quem produz no interior do estado não precisa vir mais ao porto. Basta ir à agência dos Correios e lá será feita a consolidação da carga, sem limite de volume, e a empresa vai transportar para o porto, barateando o custo da logística", informou o executivo.
Atualmente, está em prática o Exporta Fácil Aéreo, que é uma carga cara, limitada a 30 quilos, no valor de R$ 20 mil, argumentou o presidente de Docas. Ele esclareceu que o Exporta Fácil Marítimo, ao contrário, não estabelece limitação nem de valor, nem de peso ou volume.
"Você vai levar o porto ao interior do estado e do país. O produtor não precisa mais sair da sua cidade para vir ao porto. Ele vai tratar disso na Empresa de Correios e Telégrafos, que tem uma grande capilaridade porque está presente em todos os municípios brasileiros. Isso, certamente, vai contribuir para o barateamento do custo de logística", acrescentou.