Cepal lança agenda para aumentar proteção a cidadãos do continente

24/03/2006 - 18h50

Marcos Ricardo dos Santos
Enviado especial

Montevidéu (Uruguai) - Delegados de 42 países que integram a Cepal (Comissao Econômica para a América Latina e o Caribe) aprovaram hoje (24) a Resolução de Montevidéu, um documento com 17 propostas que buscam humanizar as agendas dos países da região em relação aos direitos sociais dos cidadãos.

O documento considera as restrições financeiras do atual período que vive o continente, caracterizado pela necessidade de se aumentar a competitividade e fortalecer a integração em relação à economia mundial. E apóia a missão de estabilização das Naçoes Unidas no Haiti – liderada pelo Brasil –, recomendando a manutenção e ampliação dos esforços internacionais de cooperação com o país caribenho.

O programa de trabalho da Cepal para os próximos dois anos também foi aprovado, com as seguintes prioridades: consolidaçao progressiva da estabilidade macroeconômica; melhoramento da inserção na economia internacional; aumento da coesão social; incremento do potencial produtivo da região; aperfeiçoamento das políticas de desenvolvimento sustentável; transversalização da perspectiva de gêneros nas políticas públicas; e fortalecimento da institucionalidade global. O Plano de Açao sobre a Sociedade da Informação da América Latina e do Caribe será mantido, sublinhando a importância de uma visão regional.

A Cepal destaca, no documento, a importância da criação de programas sociais que sirvam como paliativo imediato para a pobreza, enquanto se realizam mudanças mais estruturais para resolver o problema a longo prazo. Para isso, defende uma revalorização do papel do Estado na proteção social – o que significa o aumento de recursos públicos.