Rio, 24/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social vai investir cerca de R$ 5 milhões na transformação da antiga sede da Portus, fundo de previdência dos funcionários da Companhia Docas do Rio de Janeiro, no Centro de Inovação do BNDES.

Localizado na Praça Mauá, o prédio foi sede da antiga Empresa Brasileira de Portos (Portobrás), que era responsável pela gestão dos portos do país e foi extinta em 1990 pelo governo federal, que repassou suas atribuições às Companhias Docas.

O imóvel integra a área do entorno do porto do Rio, que vai receber investimentos federais e municipais, dentro do projeto de revitalização da área portuária. O acordo de cooperação técnica foi assinado hoje (24), no Armazém 6 do Cais do Porto, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o chefe de gabinete do BNDES, Élvio Gaspar, trata-se de "uma proposta boa, firme", cujo conteúdo ainda está sendo elaborado pelos técnicos da instituição. Não está definido se a nova unidade terá foco em alguma temática específica ou se ou será inovação associada às artes culturais, entre as quais cinema e patrimônio, ou mesmo inovação tecnológica.

"Estamos pensando e elaborando, mas temos uma boa idéia de botar a marca BNDES associada à Inovação". Élvio Gaspar destacou que "inovação" é uma das prioridades estabelecidas pelo BNDES em suas novas políticas operacionais, divulgadas entre dezembro de 2005 e fevereiro deste ano. Segundo ele, os R$ 5 milhões estimados para o projeto referem-se ao custo do imóvel e da reforma.

Existe, entretanto, um problema com o prédio da Portus. De acordo com Élvio Gaspar, o imóvel foi comprado pelo Banco Santos para construção de um centro cultural. Como o banco, que está sob intervenção federal, pagou apenas parte do montante estipulado na transação, há um impasse que, de acordo com Gaspar, precisa ser resolvido logo para que o BNDES faça uma proposta pelo imóvel.

Élvio Gaspar acredita que o centro do BNDES vá funcionar como elemento de fomento às atividades vinculadas à inovação no país. Atualmente, o que se discute é qual será o foco da nova entidade. A decisão de fazer o centro existe, mas o modelo está ainda muito embrionário, ressaltou. Segundo Gaspar, a definição será tomada no decorrer deste ano e o andamento do projeto depende de liberação pela Companhia Docas do Rio de Janeiro.