Pará tem melhor desempenho industrial em janeiro, diz IBGE

15/03/2006 - 12h14

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - O setor industrial no Pará começou o ano de 2006 com desempenho expressivo de 10,7% na comparação com janeiro do ano passado e 3,8% no indicador acumulado nos últimos doze meses. De acordo com levantamento divulgado hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expansão foi a mais alta entre as 14 regiões pesquisadas.

O resultado refletiria o bom desempenho da indústria extrativa, que envolve áreas como a mineração e teve crescimento de 28,7%. O índice deste ano, no entanto, também se beneficiou da baixa base de comparação com janeiro de 2005, quando a indústria extrativa deu férias coletivas aos trabalhadores.

Em janeiro de 2006, as principais contribuições positivas para as indústrias paraenses vieram dos setores de minerais não-metálicos (2,9%) e de celulose/papel (1,7%). No outro lado da balança, a indústria de transformação paraense mostrou queda de 2,5% em janeiro frente a janeiro do ano passado. Três ramos exerceram pressão negativa: metalurgia básica (-2,3%), alimentos e bebidas (-6,3%) e madeira (-4,8%).

Já São Paulo, que detém o maior parque industrial do país (40% do total da indústria nacional), apresentou em janeiro uma ligeira aceleração no ritmo produtivo em comparação a igual período de 2005: 1,7%. O resultado ficou abaixo do total do país (3,2%), enquanto o aumento observado no indicador acumulado nos últimos doze meses (3,2%) situou-se acima da média nacional (2,9%).

De acordo com a coordenadora da pesquisa industrial mensal regional do IBGE, Isabela Nunes Pereira, a taxa de 1,7% foi sustentada pelo desempenho das indústrias de material eletrônico e equipamentos de comunicações (32,4%), veículos automotores (7,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,5%).

"As reduções observadas nos setores de edição e impressão (-13,3%), metalurgia básica (-9,3%) e farmacêutica (-5,5%) impediram um resultado global mais expressivo para o total da indústria", ressalta a coordenadora.