Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Câmara iniciou, há pouco, sessão destinada a votar representação contra o deputado Pedro Corrêa (PP-PE), acusado de quebra de decoro parlamentar por ter autorizado um
ex-assessor do partido, João Cláudio Genu, a sacar R$ 700 mil das contas do empresário Marcos Valério de Souza. O empresário é apontado como operador do "mensalão", o suposto esquema de pagamento de mesadas a parlamentares em troca de apoio político.

Na sua defesa no Conselho de Ética, Pedro Corrêa confirmou o recebimento do dinheiro, que, segundo ele, foi usado para pagar a defesa do ex-deputado Ronivon Santiago, que respondia processo de perda de mandato por compra de votos, na eleição de 2002, no Acre.

O Conselho de Ética recomendou ao plenário da Câmara a cassação de Corrêa, ao aprovar, por 11 votos a 3, o parecer do relator Carlos Sampaio (PSDB-SP). O relator já fez a defesa de seu parecer em plenário. Neste momento, Pedro Corrêa apresenta sua defesa. Em seguida, três deputados devem falar a favor do acusado e outros três, contra. Com isso, será encerrada a discussão e iniciada a votação.

Para que Corrêa tenha o mandato cassado, é necessário que pelo menos 257 dos 513 deputados votem favoravelmente ao parecer do relator. A votação é secreta e feita em cédulas de papel.