Adriana Franzin
Da Agência Brasil
Brasília - "Este ano tende a ser melhor que 2005", declarou o economista Armando Castelar, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no programa Diálogo Brasil exibido hoje (8) em rede pública de televisão. No estúdio da TVE Brasil, no Rio de Janeiro, ele disse que os programas sociais de transferência de renda, como o Bolsa Família, são bem-sucedidos, mas avaliou que "pelo ponto de vista macroeconômico, não fazem a economia crescer ou deixar de crescer".
Já para o professor de Finanças Públicas Roberto Piscitelli, da Universidade de Brasília (UnB), "2006 não parece ser um ano que indique grandes investimentos provocados pela iniciativa privada". No estúdio da TV Nacional, em Brasília, ele acrescentou: "Não creio que se possa repetir o crescimento de 2004".
Em São Paulo, no estúdio da TV Cultura, o vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, garantiu que a perspectiva econômica é de o país entrar em um ciclo de crescimento. "Há perspectiva de longo prazo de relativa estabilidade", ressaltou. De acordo com ele, do ponto de vista estrutural, o país continua no ciclo de crescimento iniciado em 2004.
Sobre o programa Bolsa Família, Fiocca salientou que se trata de uma mudança importante na política social do país: "A transferência de renda, do ponto de vista econômico, do ponto de vista da sustentação do crescimento, é muito melhor do que os programas típicos apenas de distribuição".
Os debates do Diálogo Brasil são mediados pelo jornalista Florestan Fernandes Júnior. O programa é transmitido ao vivo para todo o país, sempre às quartas-feiras, das 22h30 às 23h30. Os telespectadores podem participar enviando perguntas e sugestões pelo e-mail dialogobrasil@radiobras.gov.br e pelo telefone (61) 3327-4210.