Trabalhadores de SP serão qualificados para metalúrgicas, diz secretário do Ministério do Trabalho

03/02/2006 - 15h21

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A partir do próximo mês, 766 profissionais desempregados de Osasco e da Grande São Paulo serão capacitados para trabalhar no setor metalúrgico. Do total de participantes, 722 atuarão em postos de trabalho assalariado e 44 em empreendimentos de caráter coletivo solidário.

A iniciativa faz parte do Plano Setorial de Qualificação – Metalurgia, desenvolvido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O projeto será implementado com o apoio das prefeituras de Osasco e Araçariguama, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical, dentre outras entidades. O protocolo de intenções foi assinado hoje (3) pelo secretário de Políticas Públicas de Emprego do ministério, Remígio Todeschini, que representou o ministro Luiz Marinho.

O investimento previsto é de R$ 1,2 milhão, dos quais R$ 800 mil (o correspondente a 67% do total) devem ser financiados pelo ministério por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O restante, R$ 400 mil, será disponibilizado pelos parceiros com intermediação de mão-de-obra, equipamentos, alimentação, vale-transporte, horas técnicas e local para as atividades.

A seleção dos candidatos será feita por meio do banco de dados do Sistema Nacional de Empregos (Sine). Terão prioridade aqueles que estiverem desempregados há mais tempo. Os trabalhadores qualificados poderão ser absorvidos pela indústria local, se corresponderem ao perfil exigido.

Segundo Todeschini, podem participar dos cursos trabalhadores que tenham exercido atividades no setor da metalurgia e que tenham perdido o emprego. "Na medida em que, pelas novas tecnologias, há exigência de qualificação para novas ocupações, fizemos esse novo plano para poder atender às demandas concretas que o mercado de trabalho está exigindo aqui na região", disse.

Ele informou que não há possibilidade de o trabalhador se tornar "refém" de uma única empresa que atue na região, pois a metodologia de ensino treinará o profissional para várias funções semelhantes. "Isso para ele poder ter a oportunidade de ser qualificado para uma nova ocupação, no caso de perder aquele emprego ou aquela própria ocupação evoluir", observou.

Os cursos serão ministrados pelo Senai, o que, na opinião do secretário, será favorável ao trabalhador, já que a instituição realiza pesquisas e análises sobre o mercado de trabalho e futuras ocupações. "O foco será na preocupação de preparar o trabalhador para que ele possa sempre ascender a uma nova qualificação para um novo posto", acrescentou.