Beatriz Pasqualino
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O governo brasileiro e a iniciativa privada têm apostado em divulgar e melhorar a imagem do mercado financeiro do país a investidores estrangeiros, avaliou hoje (3) o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. "Para a segurança do Brasil, é importante que a situação da dívida pública esteja mais consolidada, com perspectiva de alongamento e redução. E para isso é preciso ampliar os investidores", acrescentou, ao participar do evento do Best (Brazil Excellence in Securities Transactions - Excelência Brasileira em Transações Securitárias).
O Best é uma das ações que visam consolidar no exterior a imagem de segurança, eficiência e confiabilidade do mercado nacional para a criação de oportunidades de negócios. É uma iniciativa conjunta de instituições financeiras, como a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), que envolve o Tesouro Nacional, o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "Os investidores estrangeiros avaliam positivamente o trabalho conjunto entre governo e setor privado porque passa imagem de compromisso e credibilidade", disse o diretor-geral da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), Gilberto Mifano, que participa da iniciativa.
De acordo com os organizadores do Best, atualmente o mercado europeu responde por 25% de todo o investimento estrangeiro de portifólio no Brasil e a Ásia, por apenas 2%. Eles apontam que o mercado de capitais nacional teve grande avanço nos últimos anos, mas o que ainda prevalece no exterior é a imagem do início dos anos 90, quando, segundo eles, o país começava a receber investidores internacionais em seu mercado.
Por meio de reuniões em praças financeiras internacionais na América do Norte, Europa e Ásia, o Best promoveu expansão os contratos de investimentos no Brasil. Desde 2004 até hoje, foram realizados, com auxílio do Ministério das Relações Exteriores, encontros nos Estados Unidos, Inglaterra, China e Cingapura. Para este ano, estão agendadas seis novas reuniões com investidores nesses mesmos países.