Sexta Assembléia dos Movimentos Sociais termina com plano de ação para 2006

30/01/2006 - 5h46

Daniel Merli
Enviado especial

Caracas (Venezuela) - Cerca de 2.400 militantes de organizações e participantes do Fórum Social Mundial lotaram o teatro Teresa Carreño no último dia do encontro para ouvir a ata final da Assembléia Mundial dos Movimentos Sociais. Desde 2001, em todas as edições do fórum, os movimentos sociais decidem a agenda de mobilizações para o ano que se inicia.

A ata da assembléia destaca quatro pontos mais importantes para a agenda dos movimentos sociais em 2006, dos quais a luta contra a guerra no Iraque é o primeiro. A assembléia convocou para 18 de março nova manifestação mundial contra a ocupação do Iraque. Em 2003, a marcha contra a invasão do Iraque mobilizou cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo. A ocupação norte-americana no Iraque também será tema de uma conferência, de 24 a 27 de março, no Cairo, capital egípcia.

O segundo ponto mais importante da agenda é a luta contra a Rodada de Doha, série de negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) que teve início em 2001 e deveria ter terminado no ano passado. O principal momento de protestos e pressão sobre os governos deve ser a reunião do conselho geral da OMC, em maio deste ano.

Outra mobilização é contra a reunião do G 8 (grupo dos oito países mais ricos do mundo) em julho, na cidade russa de San Petesburgo. A quarta mobilização está prevista para a reunião anual do Banco Mundial com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em setembro, nos Estados Unidos.