Rossetto destaca trabalho de prefeituras e universidades para diversificar fumicultura

30/01/2006 - 20h46

Shirley Prestes
Enviada especial

Santa Cruz do Sul (RS) – Na apresentação do Programa de Apoio à Diversificação Produtiva das Áreas Cultivadas com Fumo, em Santa Cruz, na região central do Rio Grande do Sul, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, destacou que prefeituras, universidades e demais instituições federais e estaduais precisam ajudar no estímulo e na consolidação da diversificação de cultura na maior região fumicultora gaúcha e do país.

"O importante é que fique bem claro que não há, no Brasil, nenhuma restrição contra a atividade produtora de tabaco", garantiu o ministro ao citar a ratificação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, ratificada pelo Brasil no ano passado. Ele destacou que o que existe mundialmente e aqui no país, é uma redução no consumo do tabaco. "São campanhas importantes que o governo deve acompanhar, como a de restringir o tabagismo entre adolescentes. É obvio que o tabagismo não é um ambiente que interessa uma nação. Nós temos problemas sérios de saúde pública. E vamos conviver com isso".

Ao mesmo tempo, Miguel Rossetto afirma que o país continua exportando grande parte dessa produção. "Mas é preciso que o governo e os produtores estejam atentos ao que deverá acontecer a médio e longo prazo, que é a redução do consumo do fumo". Segundo Rossetto, o debate em relação ao preço, à qualidade e à classificação do tabaco, que também surgiu na reunião, "faz parte do processo permanente, uma vez que o processo de redução será lento e os agricultores vão continuar produzindo, dentro das normas nacionais".

A apresentação do programa foi realizada no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e da Alimentação (Stifa) e reuniu cerca de 300 fumicultores e lideranças do setor para discutir como implantar progressivamente uma alternativa para quem produz fumo no Brasil.