Exames descartam suspeita de terceira morte por dengue no Rio

30/01/2006 - 11h56

Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio - A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro divulgou nota hoje (30) informando que os resultados dos exames realizados pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) descartaram a hipótese de que a morte de Rosana Rodrigues Câmara da Silva, 42 anos, tenha sido causada por dengue.A dona-de-casa, que estava internada no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste, morreu na última sexta-feira (27).

Até agora, já foram confirmadas no Rio duas mortes por causa da doença neste verão. A primeira vítima foi o aposentado Antônio de Jesus Assis, morto no dia 23 de dezembro. A outra vítima, Ivonete Lopes dos Santos, de 45 anos, morreu no dia 10 de janeiro. Este ano, já foram notificados 389 casos de dengue no município do Rio de Janeiro, segundo dados da Secretaria Municipal.

O secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, alertou a população sobre o risco de haver aumento nos casos de dengue em conseqüência da forte chuva que caiu na Região Metropolitana na última sexta-feira e em diversos dos 92 municípios fluminenses, matando 12 pessoas.

Em nota divulgada na página do Palácio da Guanabara na internet, o secretário destaca a importância da população no combate à dengue. "Considerando que é no verão que se dá a maior velocidade de postura de ovos das fêmeas, a água parada oferece as condições ideais para o desenvolvimento das larvas do mosquito transmissor", afirma Cantarino.

Para o secretário, o quadro atual não caracteriza uma epidemia no estado, "mas a concentração de casos na capital deve servir de alerta". A força-tarefa, que reúne 100 agentes de saúde do estado e 600 bombeiros, e trabalha integrada com agentes municipais, atua hoje em dois bairros da zona oeste: Jacarepaguá e Barra da Tijuca.