CVM e instituições privadas do mercado de capitais querem formar multiplicadores de conhecimento

30/01/2006 - 15h31

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – O Comitê Consultivo de Educação, formado por representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), vinculada ao Ministério da Fazenda, e por representantes de instituições privadas do mercado de capitais, realiza no dia 9 de fevereiro sua primeira reunião.

Segundo superintendente de Orientação a Investidores da CVM, José Alexandre Cavalcanti Vasco, o encontro tem por objetivo discutir a proposta que deve resultar na formação de multiplicadores de conhecimento a partir do preparo de professores universitários de todo o país que lecionam matérias relacionadas a esse mercado. A expectativa é realizar o primeiro grupo de multiplicadores durante as férias escolares de julho, para que eles possam começar a atuar já no segundo semestre deste ano.

Além da CVM, integram o comitê, que foi formalizado no último dia 24, a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), a Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima), a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec Nacional), a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e o Instituto Nacional de Investidores (INI).

A criação do comitê é uma iniciativa da CVM, que "nasceu da percepção de que seria muito proveitoso para o mercado que os projetos educacionais das diversas entidades que atuam no mercado de capitais fossem, de alguma forma, integradas", disse Vasco.

Na avaliação dele, ao realizar uma ação na área de educação, o comitê pode fornecer aos investidores uma visão multilateral dos problemas, das características e dos riscos referentes ao mercado de capitais. "A educação pode ser um guia seguro ao investidor, para que possa tomar uma decisão de investimento mais adequada aos seus interesses e ao risco que ele, porventura, tenha interesse em arcar", observou.

Vasco ressaltou que o organismo não vai se sobrepor às iniciativas educacionais de cada instituição-membro. "Nós não pretendemos nem reduzir, nem controlar as atividades educacionais de cada instituição", afirmou.