Acordo para rede mundial de informações e auxílio na área da saúde deve ser assinado amanhã

30/01/2006 - 19h14

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio – Institutos de saúde pública de 40 países devem assinar amanhã (31) um acordo para a criação de uma rede mundial de informações e auxílio mútuo para o controle de doenças contagiosas. Um dos objetivos é agilizar a ação de técnicos e pesquisadores no momento em que for constatado o surgimento de uma epidemia em qualquer país do mundo.

Diretores dos institutos estão reunidos na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para acertar os detalhes da rede. Entre os países participantes estão os Estados Unidos, a China, o Reino Unido e a Austrália.

Segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Buss, entre as ações previstas estão o intercâmbio para a formação de recursos humanos na área de saúde pública, a troca de informações sobre métodos de diagnóstico das doenças e o envio de técnicos a países onde seja constatada a epidemia.

A rede está sendo estruturada há pelo menos quatro anos, mas teria sido agilizada por causa do risco de uma pandemia (quando ocorre a disseminação mundial de alguma doença) de gripe aviária, que já atingiu vários países da Ásia. "É necessário estabelecer um vínculo mais permanente e com maiores responsabilidades para tratar do que nós chamamos dos grandes problemas de saúde pública, como as doenças infecciosas agudas: a Sars [pneumonia atípica ou asiática], a gripe aviária, Aids, dengue, outras febres hemorrágicas e a malária", afirmou Buss.

A rede de auxílio mútuo entre os institutos de saúde pública, que contará com o apoio da Fundação Bill Gates, também servirá para evitar os efeitos de grandes desastres como a tsunami que atingiu o Oceano Índico, em 2004, e o terremoto do Paquistão, em 2005. Ambos desastres naturais resultaram em problemas de saúde para os sobreviventes.