Ministro reafirma que saúde no Rio é prioridade do governo

20/01/2006 - 17h52

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio – O ministro da Saúde, Saraiva Felipe, afirmou hoje (20) que o Rio de Janeiro é uma das regiões prioritárias para o governo federal na área da saúde. A região metropolitana fluminense sofreu intervenção federal no início do ano passado, por causa da situação de calamidade em alguns hospitais públicos.

Nesta semana, o governo federal anunciou investimentos de R$ 100 milhões para a retomada das obras do Hospital de Queimados, na Baixada Fluminense, e para a criação de 29 unidades pré-hospitalares de urgência 24 horas em 19 municípios do Grande Rio.

Em Niterói, o Ministério da Saúde também liberou R$ 7,1 milhões para a ampliação e compra de equipamentos pelo Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), e pelo Hospital Municipal Carlos Tortelly.

Segundo Saraiva Felipe, o caos que atingiu a cidade do Rio de Janeiro no ano passado é um reflexo da falta de investimentos em saúde nos municípios vizinhos, que compõem o Grande Rio.

"É um absurdo. Para se ter uma idéia, não se faz investimento nem em saúde, nem em saneamento na região da Baixada desde meados da década de 80. Não se gasta nada e não se faz nada. Só pode mesmo acumular pacientes, seja no hospital Souza Aguiar, seja no Hospital Miguel Couto, ou outros que compõem a rede de urgência", disse o ministro.

Saraiva Felipe destacou o trabalho da Comissão Metropolitana de Saúde do Rio, formada no ano passado, com representantes das três esferas governamentais, na tentativa de recuperar a saúde do Rio. O ministro disse, inclusive, que seu secretário de Atenção à Saúde, José Gomes Temporão está com "os olhos no Rio de Janeiro".

"Por isso estamos tendo êxito nos processos. As licitações estão ganhando agilidade, de tal forma que a médio prazo quero provar que o Rio de Janeiro, que é cartão postal do Brasil no mundo inteiro, também não precisa cartão-postal negativo no que diz respeito à assistência médica e à segurança pública", afirmou o ministro.