Daniel Merli
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A sexta edição da Assembléia dos Movimentos Sociais, que acontece durante o Fórum Social Mundial, terá duas novidades em 2006. Todos os anos, a Assembléia define a agenda das organizações sociais para o ano que se inicia. Em 2002, por exemplo, convocou a marcha mundial contra a invasão do Iraque.
Nesta edição, a Assembléia também fará um ato de "caráter antiimperialista" com a presença confirmada do presidente venezuelano Hugo Chávez, afirma Geraldo Fontes, integrante do Coletivo de Relações Internacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O ato será no dia 25 à noite, primeiro dia da Assembléia dos Movimentos Sociais. Geraldo não confirma a ida de outros presidentes latino-americanos. "Se algum outro presidente quiser ir, tudo bem, mas tem de saber que será um ato antiimperialista", diz.
A outra novidade da Assembléia este ano é que terá seu primeiro encontro com um chefe de Estado. Chávez irá se encontrar, dia 28 à noite, com representantes dos movimentos sociais para um "diálogo", segundo Geraldo. "Não será um encontro para apresentar uma plataforma de reivindicações. Será apenas um momento de diálogo", afirma.
O militante do MST informa que a reunião será fechada e que serão apresentados "alguns consensos, algumas visões" da Assembléia. No último dia, 29 de janeiro, a Assembléia retoma sua programação normal, com o anúncio da declaração final e a realização de uma marcha.