Dougas Correa
Repórter da Agência Brasil
Rio – O chefe de Polícia Civil do estado, delegado Álvaro Lins, disse que vai abrir sindicância para saber se houve falha na escolta do preso Marcélio de Souza Andrade, de 29 anos. Ontem (27), ele foi resgatado por homens armados, quando chegava ao fórum regional da Ilha do Governador, subúrbio da cidade.
O chefe de Polícia Civil disse que vai apurar ainda porque o preso foi mantido na carceragem da Polinter (Polícia Interestadual) e não foi transferido para a Casa de Custódia de Bangu.
Na operação de resgate, foram assassinados os dois policiais civis responsáveis pela escolta: Fernando Guilherme Medeiros de Queiroz, de 53 anos e Luiz Hermes Ferraz Dantas, de 43. Os dois foram enterrados às 11 horas, no Mausoléu do Policial, cemitério Francisco Xavier, no Caju, zona portuária da cidade.
Na fuga, Marcélio de Souza Andrade pulou para um terreno da Aeronáutica, no Parque de Material Bélico da Força Aérea Brasileira (FAB). Houve um grande aparato policial com buscas na região e Marcélio acabou localizado na mata e morto em troca de tiros com a polícia, juntamente com outro homem que participou do resgate.
Outros dois traficantes que participaram da operação de resgate acabaram presos na mata, ontem, no final da tarde. Hoje pela manhã, os policiais realizaram novas buscas na região e prenderam mais um suspeito na mata. Ele afirmou que oito pessoas teriam participado do ataque ao carro de transporte de presos e que ainda há gente escondida na mata. As duas pistolas automáticas roubadas dos policiais e um fuzil ainda não foram recuperados pela polícia.