Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A regulamentação da Lei de Libras, que obriga a formação de professores de nível superior e intérpretes em Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), foi comemorada por portadores de deficiência auditiva.
O representante do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), Antônio Campos de Abreu, ressalta que o Brasil é o primeiro país do mundo a regulamentar a língua de sinais. "Há 79 países que já reconheceram os sinais como linguagem. Mas foi o Brasil quem primeiro regulamentou", afirmou.
O presidente da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), Antônio Duarte, acrescenta que a luta pela publicação e regulamentação da norma começou em 1983. "Os ministros da Educação entravam e saiam. Com isso, nunca conseguimos nada. Agora, o ministro Fernando Haddad nos deu este maravilhoso presente de Natal", destacou.
A representante da Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), Carolina Sanches, disse, ainda, que a regulamentação do decreto traz uma nova perspectiva para os surdos, "a verdadeira inclusão, que permitirá a convivência e comunicação com pessoas surdas".
De acordo com ela, esse ato torna possível que, em pouco tempo, o Brasil alcance uma verdadeira inclusão social.
Hoje (27), o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou a regulamentação da Lei de Libras. O decreto que institui essa norma foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 22 deste mês.