CGU deve concluir até o fim do ano auditoria nas contas dos Correios, diz ministro

16/12/2005 - 13h13

Rio, 16/12/2005 (Agência Brasil - ABr) - A Controladoria-Geral da União (CGU) deve concluir até o final do ano toda a auditoria nas contas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Há seis meses, cerca de 50 auditores estão analisando 250 contratos da empresa e 20 relatórios já foram enviados para o Ministério Público Federal, para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, para o Tribunal de Contas da União (TCU) e para a Polícia Federal. A informação foi dada hoje (16) pelo ministro da CGU, Waldir Pires.

Waldir Pires informou que a maior parte dos contratos já foi analisada e que agora falta pouca coisa. Ele lembrou que, com base nos relatórios da CGU, o governo afastou mais de 50 funcionários dos Correios e de outros órgãos também investigados por denúncias de mau uso do dinheiro público, como Brasil Resseguros SA (IRB), Furnas e Banco do Nordeste. O ministro participou, no Rio, do 2º Encontro Regional de Ouvidorias Públicas da Região Sudeste.

Na palestra, ele disse que o governo tem sido transparente sobre o emprego do dinheiro público, mas enfatizou que o cidadão pode ajudar a fiscalizar os gastos do governo. Waldir Pires destacou o Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br), que divulga na internet todos os gastos públicos com programas sociais, como o Bolsa Família, a merenda escolar e medicamentos, entre outros.

"No portal, estão disponíveis mais de 270 milhões de informações com gastos públicos e vamos chegar a 300 milhões no começo do próximo ano. Tudo isso em uma linguagem simples e sem a necessidade de senha", afirmou o ministro.

Ele informou que, desde o início do governo Lula, a Controladoria-Geral da União já auditou mais de 7.500 processos e todos foram encaminhados ao Tribunal de Contas. Segundo o ministro, além disso, 5.300 processos já com indícios de irregularidades (chamados de tomadas de contas especiais) também foram encaminhados para fiscalização do TCU.