Mylena Fiori
Enviada especial
Hong Kong (China) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, confirmou hoje (16) que houve avanço no acordo firmado entre o Brasil e a China no setor têxtil. Segundo ele, os chineses aceitam restringir parte de suas exportações têxteis para o mercado brasileiro ate 2008.
O acordo foi acertado politicamente à margem da 6ª Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que acontece na província autônoma de Hong Kong, na China, desde o último dia 13 e termina no domingo (18). Furlan tem aproveitado a presença de representantes de 149 países para realizar reuniões bilaterais.
No caso da limitação das exportações chinesas de têxteis para o Brasil, o ministro garantiu que só falta uma leitura jurídica do acordo por parte da China. Furlan afirmou que aquele país queria que o Brasil se comprometesse a não utilizar mecanismos de salvaguarda sobre todos os outros produtos chineses. A proposta foi recusada, mas o ministro garantiu que o Brasil fará todos os esforços possíveis, pela via bilateral, antes de aplicar medidas protecionistas em outros setores.
De acordo com Furlan, a oferta brasileira foi aceita como "princípio" para o acordo, mas o assunto ainda será tratado em uma reunião prevista para ocorrer em janeiro, em Pequim, capital da China. As salvaguardas valeriam para tecidos sintéticos, fios de poliéster texturizados, tecidos de seda, veludos, suéteres e pulôveres, bordados e camisas de malha.