Prêmio Innovare destaca ações que aproximam população da Justiça

13/12/2005 - 15h30

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Quatro iniciativas que procuram aproximar a população da Justiça e agilizar os serviços prestados pelo Judiciário e pelo Ministério Público receberam hoje o 2º Prêmio Innovare. O objetivo do prêmio é identificar ações do próprio Judiciário que resultaram em benefício direto para a sociedade. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, explicou que o prêmio faz parte do processo de reforma do poder judiciário.

"Se nós queremos construir um poder judiciário que é aquele com que sonhamos, como um primeiro passo, um ponto de partida, um plano de vôo na direção da reconstrução do Estado brasileiro, nós temos que pensar na gestão, temos que identificar essas práticas que são numerosíssimas dentro do poder judiciário brasileiro", afirmou.

Nesta edição do prêmio, as experiências do Ministério Público também passaram a participar da disputa. O vencedor nesta categoria foi o projeto do Ministério Público de Santa Catarina voltado para crianças e adolescentes. Em cartilhas e campanhas nos meios de comunicação, a instituição procurou debater o tema da corrupção com o público infanto-juvenil.

Segundo o coordenador do projeto, promotor Affonso Ghizzo Neto, a proposta é fazer um trabalho de mudança de comportamento na sociedade. "Essa consciência é mais fácil de despertar do que a gente pensa. Às vezes, a gente subestima a inteligência das crianças. Isso entra de tal forma nessa fase de crescimento que fortalece muito o caráter das crianças", disse.

Também foram premiados os projetos Setor de Conciliação, desenvolvido no Tribunal de Justiça de São Paulo (categoria Juiz Individual); Gestão Processual Integral, do 6º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro (categoria Juizado Especial); e Justiça Comunitária, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (categoria Tribunal). O prêmio é promovido pelo Ministério da Justiça, Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).