Michèlle Canes
Da Agência Brasil
Brasília – As resoluções da 2ª Conferência Nacional do Meio Ambiente serão tratadas de forma semelhante ao processo do primeiro fórum, em 2003. "O ministério vai priorizar as idéias que emanam aqui da conferência, buscando implementá-las", informou o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco.
"A nossa avaliação é que as demandas em relação ao Ministério do Ambiente já foram parcialmente ou completamente implementadas – cerca de 70% das solicitações da primeira conferência", acrescentou.
Capobianco citou como exemplo a expansão dos trabalhos feitos na Amazônia para outros biomas brasileiro. "Essa foi uma recomendação em que o Ministério começou a atuar antes mesmo da primeira conferência. No início de 2003 a ministra Marina Silva criou núcleos de trabalho para cada bioma, ou seja, todos os biomas possuem equipes definindo estratégias de conservação", afirmou.
O ministério, explicou, tem trabalhado com recursos nacionais e internacionais para preservar algumas dessas áreas, como a caatinga e o cerrado, "que nunca tiveram tantas possibilidades, com a aprovação de recursos do Fundo Mundial para a Natureza e mais os recursos nacionais, o que pode chegar a US$ 80 milhões".
Segundo Capobianco, o governo já criou cerca de 9 milhões de hectares de Unidades de Conservação e "a expectativa é que até o final de 2006 tenhamos mais cerca de 10 milhões de hectares".
Ele participou do grupo temático que discutiu propostas sobre biodiversidade e muitas delas não foram votadas por falta de tempo. Mas Capobianco disse acreditar que "terminada a plenária, entraremos em uma nova etapa, caso os delegados tenham disposição e aprovem esse encaminhamento".