Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O deputado Wanderval Santos (PL-SP) prestou depoimento hoje no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. Ameaçado de perda do mandato, o parlamentar atribuiu ao ex-deputado Carlos Rodrigues a culpa por um saque de R$ 150, feito pelo próprio motorista na conta do empresário Marcos Valério.
"Pensei em demitir o motorista, mas entendi que ele não tinha culpa, já que apenas cumpriu ordens de uma liderança da bancada evangélica, da qual eu faço parte", disse Wanderval Santos. "Não pensava que Carlos Rodrigues usaria meus funcionários em benefício próprio. Ele já meu pediu perdão por isso."
Relator do processo de Wanderval, o deputado Chico Alencar (PSol-RJ) já convidou Carlos Rodrigues para prestar depoimento como testemunha, mas ainda não obteve resposta positiva. Caso o ex-deputado não se manifeste, Alencar espera concluir seu parecer até 9 de janeiro.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), relator do processo contra o deputado Pedro Corrêa (PP-PE), também divulgou hoje data para a entrega de seu parecer. De acordo com Sampaio, o texto será apresentado na próxima terça-feira (20). O deputado e os outros membros do Conselho hoje ouviram o funcionário da tesouraria do PP Valmir Campos Crepaldi.
O funcionário disse que os R$ 600 mil recebidos do empresário Marcos Valério utilizados para pagar o advogado Paulo Goyaz não foram registrados na contabilidade do partido por orientação de Pedro Barbosa, funcionário da empresa de contabilidade que atende o PP. Barbosa teria dito que eram necessários ainda documentos sobre a doação para fazer o registro.
O Conselho de Ética cancelou hoje os depoimentos do deputado Robson Tuma (PFL-SP), que seria ouvido como testemunha no processo contra o deputado Pedro Henry (PP-MT), e de Paulo Alves da Silva, testemunha de defesa de Pedro Corrêa.
Com informações da Agência Câmara